ir á loja comprar discos...

Viva Amigos,

estava aqui a ouvir o meu brothers in arms na minha calma manhã de Domingo em que me levanto cedo para lavar e ouvir uns quantos discos até que o barulho acorde e fui assaltado por memorias tão saudosas que só partilhando com vocês é que se completa o prazer de recordar...
A sensação de sair aos centros comerciais da altura onde em cada um que fossemos encontrava-mos sempre uma loja de discos e sempre facil de encontrar quer pela musica emanada nos estreitos corredores quer pela acessivel dimensão desses primordiais centros comerciais. Como sou de Odivelas lembro-me do centro comercial Oceano e da loja no primeiro andar onde comprei muitos discos para mim e outros para oferecer, pois era das prendas mais apeteciveis e acessiveis, um single para o amigo que oferecia uma festa em sua casa com miudas giras e um Gira a tocar até ás tantas...belas recordaçoes que me alimentam e deixam estasiado...consigo sentir o arrepio de dedilhar os discos e encontrar autenticas maravilhas que podiamos pedir para tocar e ficar a apreciar o que vinha na capa e trocar uma palavra ou outra com alguem que gozava do mesmo ambiente...enfim outros tempos!! Seria algo especial se tais lojas voltassem a encher-se de pessoas e as podessemos pisar novamente...

BAILOTE escreveu:

Viva Amigos,

estava aqui a ouvir o meu brothers in arms na minha calma manhã de Domingo em que me levanto cedo para lavar e ouvir uns quantos discos até que o barulho acorde e fui assaltado por memorias tão saudosas que só partilhando com vocês é que se completa o prazer de recordar...
A sensação de sair aos centros comerciais da altura onde em cada um que fossemos encontrava-mos sempre uma loja de discos e sempre facil de encontrar quer pela musica emanada nos estreitos corredores quer pela acessivel dimensão desses primordiais centros comerciais. Como sou de Odivelas lembro-me do centro comercial Oceano e da loja no primeiro andar onde comprei muitos discos para mim e outros para oferecer, pois era das prendas mais apeteciveis e acessiveis, um single para o amigo que oferecia uma festa em sua casa com miudas giras e um Gira a tocar até ás tantas...belas recordaçoes que me alimentam e deixam estasiado...consigo sentir o arrepio de dedilhar os discos e encontrar autenticas maravilhas que podiamos pedir para tocar e ficar a apreciar o que vinha na capa e trocar uma palavra ou outra com alguem que gozava do mesmo ambiente...enfim outros tempos!! Seria algo especial se tais lojas voltassem a encher-se de pessoas e as podessemos pisar novamente...

belas memorias!
Os mais jovens não sabem o que é ir á loja dos discos, e dedilhar os discos e termos aqueles nossos momentos seja sozinho - sempre preferi ir sozinho - ou com um ou dois amigos.

outra grande loja era a Valentim de Carvalho e tive pena de não ter a carta nessa altura para percorrer essas boas lojas de Lisboa...A esperança está na Fnac mas eles não investem muito...é pena

Tambem tenho saudades desses gloriosos tempos em que não era dificil encontrar essas lojas que na altura se chamavam "discotecas", e seria esse o nome correto para essas lojas.
Mas tambem me lembro da dificuldade que tinha para arranjar massa para gastar em discos, e só depois de arranjar trabalho é que podia entrar nessas discotecas e comprar o que me dava na real gana.
Mas nesses tempos compravamos "a musica" e nem pensavamos no formato.
Lembro-me de estar indeciso entre comprar um vinil ou um cd da mesma banda, e muitas vezes era o preço que decidia.
E não tenhamos ilusões, se nesse tempo houvesse internet e a mesma facilidade que hoje há para "sacar" albuns de borla, tenho a certeza que todos nós o fariamos, precisamente porque era só e apenas a música que nos movia.
As cassetes vieram democratizar um pouco a coisa, e com elas já nos era permitido gravar certos albuns a que não tinhamos acesso ou musicas e programas da radio.
Lembro-me de gravar alguns programas do "Rock em Stock" e alguns do Oceano Pacifico, por exemplo.

E será que tinham o mesmo problema que eu? Dinheiro para um LP e uma angustia enorme sem saber qual comprar? As vezes era fácil porque havia um especifico que tinha saído e era logo o eleito, mas outras vezes.....passava horas na loja, agarrava num, depois decidia-me por outro e no fim acabava por ser ainda outro.
E depois, era ouvir esse álbum dezenas de vezes e ler capa e tentar traduzir os textos. Belos tempos em que a dedicação era total.

Eu cheguei a fazer listas de discos que os meus amigos tinham.
Esses tentava gravar e comprava outros que ninguem tivesse....

Milton escreveu:

Eu cheguei a fazer listas de discos que os meus amigos tinham.
Esses tentava gravar e comprava outros que ninguem tivesse....

Eu fazia isso com os meus primos

Milton escreveu:

Tambem tenho saudades desses gloriosos tempos em que não era dificil encontrar essas lojas que na altura se chamavam "discotecas", e seria esse o nome correto para essas lojas.
Mas tambem me lembro da dificuldade que tinha para arranjar massa para gastar em discos, e só depois de arranjar trabalho é que podia entrar nessas discotecas e comprar o que me dava na real gana.
Mas nesses tempos compravamos "a musica" e nem pensavamos no formato.
Lembro-me de estar indeciso entre comprar um vinil ou um cd da mesma banda, e muitas vezes era o preço que decidia.
E não tenhamos ilusões, se nesse tempo houvesse internet e a mesma facilidade que hoje há para "sacar" albuns de borla, tenho a certeza que todos nós o fariamos, precisamente porque era só e apenas a música que nos movia.
As cassetes vieram democratizar um pouco a coisa, e com elas já nos era permitido gravar certos albuns a que não tinhamos acesso ou musicas e programas da radio.
Lembro-me de gravar alguns programas do "Rock em Stock" e alguns do Oceano Pacifico, por exemplo.

Milton, eu ia muitas vezes a uma loja aí em Santarém, num centro comercial pequeno no centro da cidade, mas não me lembro do nome nem do centro nem da loja. Mas tanto a loja como o centro já fecharam.

Duarte Rosa escreveu:

Milton escreveu:

Tambem tenho saudades desses gloriosos tempos em que não era dificil encontrar essas lojas que na altura se chamavam "discotecas", e seria esse o nome correto para essas lojas.
Mas tambem me lembro da dificuldade que tinha para arranjar massa para gastar em discos, e só depois de arranjar trabalho é que podia entrar nessas discotecas e comprar o que me dava na real gana.
Mas nesses tempos compravamos "a musica" e nem pensavamos no formato.
Lembro-me de estar indeciso entre comprar um vinil ou um cd da mesma banda, e muitas vezes era o preço que decidia.
E não tenhamos ilusões, se nesse tempo houvesse internet e a mesma facilidade que hoje há para "sacar" albuns de borla, tenho a certeza que todos nós o fariamos, precisamente porque era só e apenas a música que nos movia.
As cassetes vieram democratizar um pouco a coisa, e com elas já nos era permitido gravar certos albuns a que não tinhamos acesso ou musicas e programas da radio.
Lembro-me de gravar alguns programas do "Rock em Stock" e alguns do Oceano Pacifico, por exemplo.

Milton, eu ia muitas vezes a uma loja aí em Santarém, num centro comercial pequeno no centro da cidade, mas não me lembro do nome nem do centro nem da loja. Mas tanto a loja como o centro já fecharam.

Certissimo, o Centro era o Scala4 e já fechou à muito tempo.
Essa loja ainda funcionou uns tempos na travessa em frente ao CComercial e acabou por fechar.
Tambem havia a Frilux, ao fundo da rua dos CTT...
A Valentim de Carvalho ainda teve aqui presença no Wshopping, mas foi "sol de pouca dura"...

Milton escreveu:

Tambem tenho saudades desses gloriosos tempos em que não era dificil encontrar essas lojas que na altura se chamavam "discotecas", e seria esse o nome correto para essas lojas.
Mas tambem me lembro da dificuldade que tinha para arranjar massa para gastar em discos, e só depois de arranjar trabalho é que podia entrar nessas discotecas e comprar o que me dava na real gana.
Mas nesses tempos compravamos "a musica" e nem pensavamos no formato.
Lembro-me de estar indeciso entre comprar um vinil ou um cd da mesma banda, e muitas vezes era o preço que decidia.
E não tenhamos ilusões, se nesse tempo houvesse internet e a mesma facilidade que hoje há para "sacar" albuns de borla, tenho a certeza que todos nós o fariamos, precisamente porque era só e apenas a música que nos movia.
As cassetes vieram democratizar um pouco a coisa, e com elas já nos era permitido gravar certos albuns a que não tinhamos acesso ou musicas e programas da radio.
Lembro-me de gravar alguns programas do "Rock em Stock" e alguns do Oceano Pacifico, por exemplo.

Tive receio de lhe chamar Discotecas!!! não fosse mal interpretado!


Mas nesses tempos compravamos "a musica" e nem pensavamos no formato. Tens toda a razão!!! o qque pensavamos era na Banda, no nome das musicas, aquele solo de bateria, o solo de guitarra ...... qual formato qual quê!! e as K7 eram para gravar os albuns que não tinhamos e um ou outro amigo tinha! Havia relaçoes de amizade que se criavam com origem na busca daquele que tinha o album X e que o tio o tinha trazido de Londres, uma raridade!!!

Lembro-me de um qualquer album do Bryan Adams que ainda nao se encontrava editado em Portugal e o Pai de um amigo que era piloto da TAP que o trouxe da belgica ou Holanda! Fomos uns felizardos na altura!!

Tal como tu Milton tambem gravei o Oceano Pacifico, Rock em Stock!!! Bons tempos. O acesso ás coisas apesar de mais dificil, quando as arranjavamos, valorizamos de sobremaneira essas preciosidades!!!!

microseiki escreveu:

O acesso ás coisas apesar de mais dificil, quando as arranjavamos, valorizamos de sobremaneira essas preciosidades!!!!

Nem mais. Hoje muita malta dá-se ao luxo de fazer o download de uma discografia completa, e acaba por não ouvir nada.

António José da Silva escreveu:

microseiki escreveu:

O acesso ás coisas apesar de mais dificil, quando as arranjavamos, valorizamos de sobremaneira essas preciosidades!!!!

Nem mais. Hoje muita malta dá-se ao luxo de fazer o download de uma discografia completa, e acaba por não ouvir nada.

eu acho o download anti-pessoal
soa-me a "algo falso"

Quando vou a portugal adoro ir aos alfarrabistas procurar este ou aquele livro!

foi nessas procuras que descobri o meu escritor favorito - Yasunari Kawabata.
O cheiro, o toque desses ambientes em decadencia, mas cheios de historias, em que se conversa com as pessoas, se toma um café, é o que falta no nosso quotidiano.

Lembro-me rm San francisco, Maio de 97, entrar numa loja de discos usados ter comprado as London sessions do Howlin´Wolf e mais dois do Chet Baker.

microseiki escreveu:

Quando vou a portugal adoro ir aos alfarrabistas procurar este ou aquele livro!

foi nessas procuras que descobri o meu escritor favorito - Yasunari Kawabata.
O cheiro, o toque desses ambientes em decadencia, mas cheios de historias, em que se conversa com as pessoas, se toma um café, é o que falta no nosso quotidiano.

Lembro-me rm San francisco, Maio de 97, entrar numa loja de discos usados ter comprado as London sessions do Howlin´Wolf e mais dois do Chet Baker.

Por incrivel que pareça, pouca ou nenhuma memória tenho dos muitos CD´s que comprei ao longo dos anos. Tirando serem um suporte maioritariamente mau de musica, não guardo qualquer memória deles. Dos downloads então, nem falo porque para mim valem menos que os 000'os e 111'ns que neles estão contidos.

Mas há quem goste e eu respeito.

Momentos nostalgicos...
Que musica é esta ? Vangelis?






E este mini documentario acerca do Rock em Stock do Luis Filipe Barros vale a pena ser ouvido...




E tambem havia a voz inconfundivel do Antonio Sergio no Som da Frente

tenho este

microseiki escreveu:

tenho este

Eu tenho um bem velho (coletânea) do Oceano Pacifico, do ano (se não me engano) de 89/90.

nem queiras ver o estado da capa do album! muito rodou .

encontra-se bem acondicionado, nao pela qualidade, ja que se trata de uma colectanea mas pelas lembranças !

tal como o 1º The Wall dos Pink Floyd (que se não foi o 1º enmtao foi dos primeiros 5 albuns que comprei com os meus escudositos!

O valor das coisas mede-se pela capacidade e intensidade que temos de as recordar...isto é a mais pura verdade e saltou-me agora da boca depois de lêr palavras marcantes deste tópico, como o cheiro de uma loja antiga cheia de historias para contar!!...recordar um cheiro tem um significado especial na nossa capacidade de recordar e através desse cheiro conseguimos imediatamente visualizar espaços e tempos perdidos e ´so é pena que na altura não tivessemos a maturidade de hoje ou que hoje tivessemos novamente as tais "discotecas" para podermos usufruir do prazer total de comprar um disco...Recordar é viver,não esqueçam isto!!