Ajuda para amplificador de auscultadores

Viva,
Estou indeciso entre estes três modelos:
a) Rega Ear em 2ª mão
b) iFi Zen Can
c) Pro- Ject Head Box S2
O iFi chamou-me a atenção pq tenho lido muito acerca desta marca, não sei até que ponto será superior á Pro-Ject. A Rega tem sempre qualidade, no entanto é um modelo já com uns anos...

Viva

Por aquilo que tenho lido por aqui, será sempre bom referir quais são os auscultadores que usa.

Tenho uns Sennheiser mas pretendo comprar uns Grado.

Mas qual modelo? Faz toda a diferença...

Sennheiser hd 206 e pretendo comprar uns Grado sr60x
Li que o Rega trabalha melhor com auscultadores de impedãncia mais elevadas.

Em principio não vou comprar o amplificador de headphones, vou só utilizar a saida headphones do Bluesound. Agora a minha questão: Tenho ligados os Sennheiser HD 206 ao Node, será que vale a pena fazer um upgrade para um Grado Sr60e, ou não? Isto continuar a utilizar a saida do node 2i. O Grado tem uma impedância de 32 ohms vs 24 ohms do 206, por isso será mais dificil de amplificar, não?

São ambos phones com impedâncias relativamente baixas e fáceis de amplificar.

O que eu noto nos Sennheiser é que o som não tem muita pressão, por estar a utilizar a saída de phones doBluesound.Tenho receio de dar 100€ por uns Grado e se passar o mesmo.
Edit : estive a lêr na net reviews sobre o Grado e dizem que beneficiam dum amplificador mas são perfeitamente aceitáveis na saída dum leitor de cd’s ou tape.Portanto está aí a resposta.

Os SR60 não necessitam de amplificação. Tenho uns SR60e e são dos poucos auscultadores que uso que "gostam" de ser ligados a qualquer coisa. Ainda há uns tempos estive a usá-los com um leitor de CD portátil da Cásio, de quando era teenager, e que encontrei no fundo de uma caixa. Maravilha.

Não há regras claras para auscultadores que necessitem de ser amplificados. A impedância, por si só, não diz tudo. Exemplo: os meus AKG K701 têm 63 Ohm e beneficiam muito mais de amplificação que os meus Sennheiser HD565 Ovation, com 150 Ohm.

Relativamente aos Grado SR60x (não ouvi nenhuns, mas serão praticamente a mesma coisa que os SR60i e SR60e, apenas com umas ligeirissimas actualizações), não são auscultadores para todos. Há que ter em conta que são absoluta e completamente abertos, que se ouve tudo o que é ruído exterior, que se ouve tudo o que está a tocar da parte de fora. E que não gostam nada mesmo de tocar alto. Começam a distorcer bastante cedo. Também exigem especiais cuidados com o armazenamento, a gestão do cabo, a utilização. São frágeis e exigem mãos cuidadosas. As almofadas de origem são confortáveis apenas e só depois de ficarem umas boas horas imersas em amaciador de roupa (e enxaguadas e secas, claro).

Por outro lado, têm o som típico da Grado, com aquele factor surpresa de quando se ouve pela primeira vez e se acha tudo extremamente interessante, dinâmico, claro. Dão-se bem com muitos tipos de música diferente, excepto EDM. Guitarras eláctricas soam especialmente bem, por exemplo.

Para auscultadores novos, por 100 euros são imbatíveis para o que conseguem fazer e para o prazer que conseguem proporcionar. Foram os últimos auscultadores novos (pelo menos não-bluetooth) que comprei, já lá vão uns anitos. Desde aí, tenho comprado só topos de gama antigos, em segunda mão.

Comprei os Sennheiser HD 280 Pro, depois de lêr algumas reviews e estou bastante satisfeito!Tocam bem alto e são muito neutros!

Saõ uns excelentes phones, mas são fechados - o oposto dos Grado

E serem fechados ou abertos qual a diferença?
Já goglei :
https://www.audiofilico.com/2018/10/fones-fechados-vs-fones-abertos.html
Estou a gostar bastante destes phones, e quando "queimarem" daqui a uma semana ainda devem tocar melhor!

nbaptista escreveu:

Comprei os Sennheiser HD 280 Pro, depois de lêr algumas reviews e estou bastante satisfeito!Tocam bem alto e são muito neutros!

têm sido recomendados por muitos. parabéns!

Mellowship escreveu:

Os SR60 não necessitam de amplificação. Tenho uns SR60e e são dos poucos auscultadores que uso que "gostam" de ser ligados a qualquer coisa. Ainda há uns tempos estive a usá-los com um leitor de CD portátil da Cásio, de quando era teenager, e que encontrei no fundo de uma caixa. Maravilha.

Não há regras claras para auscultadores que necessitem de ser amplificados. A impedância, por si só, não diz tudo. Exemplo: os meus AKG K701 têm 63 Ohm e beneficiam muito mais de amplificação que os meus Sennheiser HD565 Ovation, com 150 Ohm.

Relativamente aos Grado SR60x (não ouvi nenhuns, mas serão praticamente a mesma coisa que os SR60i e SR60e, apenas com umas ligeirissimas actualizações), não são auscultadores para todos. Há que ter em conta que são absoluta e completamente abertos, que se ouve tudo o que é ruído exterior, que se ouve tudo o que está a tocar da parte de fora. E que não gostam nada mesmo de tocar alto. Começam a distorcer bastante cedo. Também exigem especiais cuidados com o armazenamento, a gestão do cabo, a utilização. São frágeis e exigem mãos cuidadosas. As almofadas de origem são confortáveis apenas e só depois de ficarem umas boas horas imersas em amaciador de roupa (e enxaguadas e secas, claro).

Por outro lado, têm o som típico da Grado, com aquele factor surpresa de quando se ouve pela primeira vez e se acha tudo extremamente interessante, dinâmico, claro. Dão-se bem com muitos tipos de música diferente, excepto EDM. Guitarras eláctricas soam especialmente bem, por exemplo.

Para auscultadores novos, por 100 euros são imbatíveis para o que conseguem fazer e para o prazer que conseguem proporcionar. Foram os últimos auscultadores novos (pelo menos não-bluetooth) que comprei, já lá vão uns anitos. Desde aí, tenho comprado só topos de gama antigos, em segunda mão.  

Vamos lá esclarecer algumas coisas
Todos os auscultadores necessitam de amplificação, o que acontece com os cds portáteis e outros aparelhos é que esta já vem integrada.
E se distorce talvez não seja compatível com o amp integrado do aparelho
Os especialista que me corrijam

Portanto parece-me aconselhável ler este tópico
https://www.audioanalogicodeportugal.net/t8572-all-about-cans

Quando se diz que uns auscultadores não precisam de amplificação significa que a impedância do auscultador não é assim tão alta que necessite dum amplificador dedicado, ou seja a amplificação que vem num leitor de cd’s ou streamer é suficiente.Parece- me que auscultadores tipo os Sennheiser ou os Grado a partir dos 90€, apesar da baixa impedância beneficiariam dum amplificador dedicado.

Segundo li, apesar da baixa impedância há outra propriedade importante que é a disponibilidade de corrente por parte da amplificação.Auscultadores com baixas impedâncias necessitam de mais corrente.

nbaptista escreveu:

Segundo li, apesar da baixa impedância há outra propriedade importante que é a disponibilidade de corrente por parte da amplificação.Auscultadores com baixas impedâncias necessitam de mais corrente.

Não, caro nbaptista! teoricamente auscultadores com impedâncias de, por exemplo, 300 e 600 Ohm, necessitariam de mais corrente. Mas, a prática, diz-nos que qualquer transdutor (colunas ou auscultadores) beneficiam de de amplificação com uma boa corrente, de forma a facilitar a movimentação das partes mecânicas do mesmo.

Quanto a amplificações dedicadas, temos várias épocas e, de acordo com estas seria:

- Até 1980/85, principalmente usando amplificação normal por via de receiver. Nesta época, quer face à tecnologia disponível para headphones, quer face às características de construção desses receivers (alguns não exatamente todos), a saída de phones desses amplificadores era mais do que suficiente.

- A partir da segunda metade da década de 80 do século passado e com o declínio da amplificação com recurso a receivers, em favorecimento de integrados e ou amplificação separada (pré+power), normalmente os equipamentos que traziam saída para auscultadores era um plus mas muito fraquinha. Por outro lado, o mercado de headphones, começava a especializar-se, apresentando auscultadores já com muito bom desenvolvimento tecnológico, necessitando de serem tratados com outro tipo de carinho e, obviamente, começou a aparecer amplificação dedicada para estes equipamentos. Com a moda dos walkman e quejandos (mais tarde dispositivos de mp3 e iPods), também os auscultadores mais banais foram evoluindo, facilitando em baixas impedâncias a falta de qualidade de alguns dos materiais/componentes com que eram feitos, dando a sensação de som forte, musculado, com uns "ganda baixos", como se dizia, mas de fraco coturno sónico.

- Hoje-em-dia e de há meia dúzia de anos a esta parte, com o crescimento de DACs de desk/laptop e um crescimento acentuado de egoísmo de audição e de senso do politicamente correto (não chatear a altas horas da noite os vizinhos), o desenvolvimento de headphones tem sido excecional mas, também tem sido o dos dispositivos tipo tudo em um, pelo que DACs, amplificadores, steamers, etc, têm incluídos slots/placas de amplificação para auscultadores muitíssimo boas, mas também, amplificações dedicadas têm evoluído de forma extraordinária e, mais importante ainda, têm-se democratizado em termos de preços.

Em conclusão, com esses Sennheiser HD 280 Pro, ou com quaisquer outros headphones, vai sempre necessitar de uma boa amplificação, com boa corrente, mesmo que esta amplificação venha integrada num outro dispositivo qualquer.

Claro está, milagres não há. Se quiser uma performance de elevadíssimo nível, terá sempre de adquirir uma boa amplificação dedicada para headphones e o "embrulho" já começa a pesar no bolso, mas a boa notícia é que, cada vez mais, tal solução só se justifica para auscultadores, também de elevadíssimo nível (e sempre de elevadíssimo preço, o que é pena, mas é a vida), ou seja, seguindo a Sennheiser, estaremos a falar de uns HD880S, para cima.

 

anibalpmm escreveu:

Vamos lá esclarecer algumas coisas
Todos os auscultadores necessitam de amplificação, o que acontece com os cds portáteis e outros aparelhos é que esta já vem integrada.
E se distorce talvez não seja compatível com o amp integrado do aparelho
Os especialista que me corrijam

Portanto parece-me aconselhável ler este tópico
https://www.audioanalogicodeportugal.net/t8572-all-about-cans

Vamos lá esclarecer então.

- Quando disse que os Grado não necessitam de amplificação, obviamente estava a responder contextualizadamente à dúvida do OP relativamente à necessidade de adquirir um amplificador dedicado.
- Quando disse que os Grado começam a distorcer cedo, estava a referir-me ao facto de, em volumes mais elevados, em comparação com outros auscultadores, a distorção nos Grado nota-se mais cedo por unidade de amplitude, o que é perfeitamente normal, dadas as características das membranas dos transdutores utilizados nos Grado. Penso que isto estava devidamente contextualizado na resposta que dei às dúvidas do OP.