A rodar XLV

A prova de que este disco é facto intemporal é o gosto que se tem cada vez que ele toca. Um dos grandes álbuns deste millennium.

Fresco, suave, com um enorme bom gosto na sua elaboração. Músicos inteiramente dedicados (e muitos) a fazer uma experiência auditiva diferente, tais como:

De La Soul, Neneh Cherry, Martina Topley-Bird, Roots Manuva, MF DOOM, Ike Turner, Bootie Brown do The Pharcyde, Shaun Ryder, Dennis Hopper, o London Community Gospel Choir e Children's Choir of San Fernandez.




Um dos álbuns obrigatórios para constar em uma colecção com qualidade.

Para continuar com a animação deste dia, vamos seguir com um álbum que toca bastante por estes lados... Não é dos que se vende aos milhões, mas tem algo.

Young Flowers - Blomsterpistolen (1968)...

O Movimento Psicadélico chegou a todo o lado e também andou pelo Reino da Dinamarca... Este álbum é um grande exemplo do que por lá se fez nesse tempo.

O título significa "flor arma/pistola", o que diz tudo.

Continuando... No mesmo estilo e ainda pelo Reino da Dinamarca:


O ambiente Psicadélico bem presente marca o ritmo a que se bate o pé, linha de baixo bem presente, a bateria e sintetizador alargam o horizonte...

O famoso último álbum de originais que não desvirtuou em nada os anteriores.

Um álbum bastante agradável.

Ontem estive a ouvir este álbum, para relaxar depois de um dia cansativo de trabalho

O São Pedro deve estar zangado com o São João, não me admirava nada que o motivo fosse Música. Toda a gente sabe que um e outro têm gostos musicais semelhantes, mas também toda a gente sabe que mesmo dentro de um "estilo" há sempre quem se destaque mais aos ouvidos... Imagino válidos e verdadeiros argumentos a serem esgrimidos pelos dois, mas nem sempre a Lógica sai vencedora e no reino da Música já se sabe que há muito mais para lá da Razão.

Em 1966 saiu o álbum Turn On dosnThe Music Machine, o primeiro da banda... Como outras bandas que são catalogadas de "Garage", esta também apresenta argumentos assim-assim no que toca às habilidades com os instrumentos, mas compensam em energia e vitalidade.

Não sei se este foi um dos álbuns que gerou debate entre Sãos, mas aqui em casa reune consenso e faz bater pelo menos dois pés.

O álbum que se segue não é muitas vezes lembrado aqui por casa, mas definitivamente é um daqueles que já alimenrou muitas conversas e debates... Pode muito bem ser a razão deste dia cincento e do mau feitio do São Pedro... Porque vejo facilmente uma sardinhada de São João animada ao som destes catraios.

Aqui por casa roda a velhota edição Mono (Americana) do álbum que viu a luz do dia em Janeiro de 1964!!!

Como diz em letras pequenitas na contra-capa: It cannot become obsolete.

E realmente toca muito bem.

Tarde de sábado quentinha, mas "I feel a little more blue than then"...


Caetano Veloso merece toda a atenção, mas a sua passagem por Londres (asilo político) e os trabalhos que resultaram dessa passagem tocam-me de forma particular.

A forma como este álbum está escrito, a abertura com que se expressa, é tocante e revela bem o que viveu por aqueles dias. Hoje não há ditaduras aqui ou lá (Brasil), mas não deixa de haver outro tipo de estruturas a limitar a acção e pensamento... A mensagem ainda se mantém relevante!

Vamos lá tratar do corpo, porque o espírito está perdido...

Para criar um bom ambiente, vai rodar um daqueles álbums que apareceu e surpreendeu. Abre com a muito famosa composição Waltz for Debbie, mas aqui com o Trio Peterson, Ray Brown e Ed Thigpen.


Não vou andar a comparar versões, mas esta vai muito bem, mais Swing como é de esperar do Pianista. O que também vai muito bem é o Quinta do Vallado Tinto 2017.



Muito boa estrutura, equilibrado, bom nariz e persistência de boca, taninos redondos.

Há algo que me faz lembrar outros vinhos da quinta, que está logo ali junto à Régua. As vinhas estão bem no alto, acompamhadas pela moderna e bonita adega (a antiga e a nova).

Altamente recomendável!!!

A manhã já passou e não há forma do dia passar de cinza a soalheiro... Não só por isso, mas também, roda:

The Stranglers - Black And White (1978...)

Este belo álbum dizem que pertence à gaveta do Post-Punk e não me parece nada mal, porque ainda tem toda a energia do Movimento inicial, mas também tem o lado das composições mais elaboradas que nos fazem pensar em Rock mais conservador.

Altamente recomendável para animar a casa e o espírito.

"...É a terra que abalava no que sou..."

Por estes dias tem acontecido um novo evento em Viseu, o Mescla. Tem um pouco de tudo, como o nome indica, mistura as várias expressões artísticas: da Literatura ao Teatro, não esquece a Música!

Hoje teremos uma senhora com a sua Harpa, alguém que se inclina para a improvisação, mas não esquece o lado mais espiritual que a Arte pode carregar.
http://mesclaviseu.pt/programa/angelica-salvi/

Angélica Salvi merece a atenção, não sei se vou a tempo de chamar mais alguém, mas pelo menos fica a partilha - começa às 18h e é gratuito.


Para me preparar para o concerto, faço-me acompanhar de Alice Coltrane - que parece ser influência de Salvi.

Creio que não preciso dizer nada sobre este álbum, para mim foi "amor à primeira escuta".
Não é só técnica e genialidade, a carga espiritual é tocante e torna-se complicado não embarcar na viagem.

Merece ser tocado bem alto e quanto melhot o sistema, melhor e mais tocante se torna.

Em jeito de estágio para um encontro em que todos prometem levar Vinho, deste lado seguimos com uma bela sardinhada, um bom Tindo do Sul e Música.



E o vinho... A Casa Ermelinda Freitas já nos proporcionou bons momentos, hoje fomos surpreendidos por mais um dos seus vinhos:

Vinha do Torrão Reserva 2017...

Mal se abre a garrafa saltam notas doces de caramelo, baunilha, ... Na boca há algo mais, as frutas vermelhas ajudam a criar um conjunto mais redondo e equilibrado, não faltam as devidas notas de acidez.

Recomendável!

Continuando a noite relaxada (lá fora há o que fazer, mas o concerto começa tarde...):


Muito bom, uma sessão ao vivo que vale a pena escutar.

Uma tarde diferente…

Pela partilha, está a ser uma tarde muito bem passada e com direito a variedade!

Muito variada mesmo...estou na prateleira do E ao G...

Esse dos Emerson Lake and Palmer também merece ser escutado em bom volume - gosto muito!

Já agora, bela estante - também ela com variedade de Artes.

É o 1º álbum deles

Obrigado, há um pouco de tudo...

Depois da partilha, o regresso a casa é marcado com um momento de sossego em frente às colunas e tal...

The Observatory - Oscilla (2014)

Esta é uma banda de Singapura e representa uma das faces do que hoje se apelida de Rock Progressivo.

O registo tem algo do que se pode encontrar nas bandas dos idos de 70, lembro-me sempre de álbuns Japoneses (fica perto...)...


Pode ser espreitado aqui: https://theobservatory.bandcamp.com/album/oscilla
Vale a pena!!

Tal como partilhei ontem, em Viseu está a decorrer o Mescla (termina hoje) e conseguimos assistir a vários dos eventos.

O concerto da Harpista Angélica Salvi foi uma delícia, mas infelizmente ela não tinha nenhum álbum para venda...

Na Sexta-feira uma banda original de Barcelos tocou no mesmo palco e logo aos primeiros acordes do Quarteto (Saxofone, Guitarra, Baixo e Bateria) algo despertou em jeito de memória. Aquele tipo de som era familiar, tinha raízes bem conhecidas. Havia algo de Tangerine Dream, Soft Machine, dos mais actuais Majutsu no Niwa (banda recente do Japão...).

A energia em palco foi contagiante e no final lá fomos trocar duas palavrinhas e comprar o ábum (o segundo deles) apresentado.

Fica a partilha, para quem quiser a sala de energia!!

Solar Corona - Lightning One.

A espreitar a faixa Rebound aqui:
https://store.loversandlollypops.net/album/lightning-one

Mudando de registo para aguardar o jantar... Já com um copito na mão:


Gosto particularmente de ser "surpreendido" pela segunda faixa... Funky, Funky!

antpaubarcar escreveu:

Uma tarde diferente…

Iniciada com o enérgico terceiro álbum da banda liderada por John Watts.

Tenho andado algo preguiçoso, mas a Música tem rolado com normalidade.

Para relaxar um pouco, enquanto o jantar está ao lume, rodará um álbum de retrospectiva... Os Buffalo Springfield merecem atenção, o seu Rock, Blues-Rock Psicadélico é uma delícia.


Esta colecção de canções abre com For What It's Worth, reparem na letra, tem tudo o que se espera daquela época e estilo:
Verse 1]
There's something happening here
But what it is ain't exactly clear
There's a man with a gun over there
Telling me I got to beware

[Chorus]
I think it's time we stop
Children, what's that sound?
Everybody look - what's going down?

[Verse 2]
There's battle lines being drawn
Nobody's right if everybody's wrong
Young people speaking their minds
Are getting so much resistance from behind

[Chorus]
It's time we stop
Hey, what's that sound?
Everybody look - what's going down?

[Verse 3]
What a field day for the heat
A thousand people in the street
Singing songs and carrying signs
Mostly say, "hooray for our side"

E continua...

Depois de um fim-de-semana animado, por aqui rodará um álbum que nos transporta para os bons momentos..

Max Roach - We Insist!

José Miguel escreveu:

Depois de um fim-de-semana animado, por aqui rodará um álbum que nos transporta para os bons momentos..

Max Roach - We Insist!

Jazzzzzzzzzzz sei que é Jazz-

Para animar a casa e o resto de tarde, vai rodar um álbum conhecido de todos.
Não é o mais ousado do Bowie, não é o mais experimental ou o mais elaborado, não segue uma linha conceptual, ... Mas quem resiste a abanar o pé com esta colecção de canções!?!

A nossa estante não está organizada de forma convencional... Há uma divisão por estilos, mas depois há nomes que se colocal lado-a-lado pela afinidade.

Ao lado de Bowie está Lou Reed e creio que será compreensível a razão.
Por isso e porque este álbum é um doce para o corpo e mente, roda:

Caramba José Miguel

Afinal de vez em quando ouve-se musica por aí...

Para não variar.... Jazz

anibalpmm escreveu:

Para não variar.... Jazz

Eu esqueci-me de referir, num outro tópico, que conheci um álbum fabuloso durante este Domingo. Uma obra que terei de conhecer com mais atenção, dedicação e definição.

Mais um pedacinho de arte revelado pelo Aníbal.

Fico-lhe grata!

José Miguel escreveu:

(...) Ao lado de Bowie está Lou Reed e creio que será compreensível a razão. ...

Porque foram namorados



PS: Como gosto pouco de um a ainda menos do outro digo coisas assim ... mas, não é maldade é apenas mal-dizer

E não é "complétamente" verdade o que disse pois tenho um album do Reed e um do Bowie

Correção: Tenho mesmo dois do Bowie

TD124 escreveu:

E não é "complétamente" verdade o que disse pois tenho um album do Reed e um do Bowie

Correção: Tenho mesmo dois do Bowie  

E tem quase tantos como nós... Talvez esteja aí a nascer algo.

Tarde quentinha, Sol ainda alto e Música de acordo:


Os nossos queridos Brasileiros tiveram os seus momentos de luta, mas até nos mais complicados mantiveram caracteríscas que lembram Alegria.

Para quem não conhece, este histórico álbum abre assim:


Depois há mais, muito mais!!!

José Miguel escreveu:

TD124 escreveu:

E não é "complétamente" verdade o que disse pois tenho um album do Reed e um do Bowie

Correção: Tenho mesmo dois do Bowie  

E tem quase tantos como nós... Talvez esteja aí a nascer algo.

Não creio, mesmo se nunca se deve dizer que algo não acontecerà! ... o Lou Reed tenho o inoxidàvel Transformer que me segue desde a adolescência mas que nunca me tocou muito (a atitude intelectual "underground" nova iorquesa chateia-me ... como a do Woody Allen!), quanto ao Bowie apenas comprei o Blackstar que considero um excelente, corajoso e inspirado disco e a minha mulher ofereçeu-me o Glastonbury 2000 que sò escutei uma vez ... então isto faz os três discos que tenho deles !...

Jà expliquei ao Alexandre pelo passado o porquê do desagrado em relação ao Bowie, reconheçendo a grandeza artistica, então penso que com estes dois artistas vou me ficar por aqui. Não me tocaram quando adolescente então visto o que escuto hoje ... téem poucas probabilidades de me tocar daqui para a frente !!!...

Trouxe alguns ficheiros para ouvir/descobrir e hoje nas Azenhas do Mar com um céu nublado e um mar feroz sabeu-me muito bem re-escutar este:

PS: Eu bem disse à minha mulher que teriamos melhor tempo na escandinàvia do que aqui ... mas ela nunca acredita no que digo  

Já de Bowie tenho quase todos os originais e edições fora da discografia oficial para além de dvd´s de concertos.

O homem era uma máquina.

Alexandre Vieira escreveu:

Já de Bowie tenho quase todos os originais e edições fora da discografia oficial para além de dvd´s de concertos.

O homem era uma máquina.

Eu sei que és fã !!!... ninguém é perfeito

Enquanto ando para aqui às voltas a pensar se compro uma bela e pioneira obra da Electrónica Portuguesa (Telectu), vou seguindo com Música que embala o corpo e sentidos:


Talvez este álbum seja aprovado pelo Alexandre Vieira... E tenho a ideia que Telectu também será.

Por falar em Telectu, lembrei-me do grande trabalho que o Vitor Rua fez em Independança dos GNR.

Por isso, que já é muito e até merecia mais consideração:


A Música dos GNR em Independança está dentro do que se apelida POP, mas não fica um passo que seja atrás do melhor que se fazia em outros lugares. Além disso, os então jovens e irreverentes ainda tinham algo mais para dar e Avarias, todo o lado B do álbum, é um belo exercício para experimentar até onde ir.

José Miguel escreveu:

...

Talvez este álbum seja aprovado pelo Alexandre Vieira... E tenho a ideia que Telectu também será.

Não sei se é aprovado pelo Alexandre ... mas por mim é duas vezes sim

“Ctu Telectu” dos Telectu já está encomendado, não se pode perder a oportunidade e a reedição promete!

Olá, Olá

De volta depois de um pequeno interregno o que não significou pausa nas cantigas. Roda Smog aka Bill Callahan que julgo não ser estreia por aqui. A este cheguei pela sarcástica “Dress sexy at my funeral”
Abraço

Buck Banzai escreveu:

(...) Roda Smog aka Bill Callahan que julgo não ser estreia por aqui. ...

Não é estreia, mas também não é là muito badalado ... bravo por ter lembrado esse grande senhor

Depois de umas horitas de experiências, a conclusão iluminou-se... Toca a colocar as colunas onde estavam (ou muito perto de onde eatavam).

Para relaxar e aproveitar que elas assim permitem melhor acesso às frequências mais baixas, toca a colocar um enorme álbum, com grandes linhas de baixo e com o qual se torna complicado não abanar o corpo:

Magazine - Real Life...

Que bem que sabe!!

Hoje para variar mesmo não sendo um grande fã apeteceram-me